sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Período de Chuvas Traz Preocupações para o Estado RJ

            

CREA-RJ alerta a população e informa medidas para prevenção diante de Catástrofes Ambientais Anunciadas.


As catástrofes ambientais podem ser ocasionadas por desastres naturais ou pela degradação ambiental de origem antrópica (causada pelo homem). 

Nos últimos anos no Brasil, inúmeras mortes, perdas econômicas e destruição de moradias e de infraestrutura foram consequências de catástrofes ambientais associadas, sobretudo, aos efeitos do clima e a má conservação do solo e da água. 

Historicamente, a Região Sudeste vem sofrendo com os deslizamentos de terra associados à erosão de encostas, a enchentes, ao rompimento de barragens de rejeitos de minérios, o que está diretamente associado aos períodos de chuvas nos meses de primavera-verão, além de inúmeros outros relacionados à poluição ambiental. 

O recente rompimento da barragem de Mariana em Minas Gerais e graves consequências dos deslizamentos de terra na Região Serrana em 2011 podem exemplificar a gravidade destes impactos.

O aumento e a intensidade destas catástrofes se devem, principalmente, pela prática predatória e desordenada de uso e ocupação dos solos urbanos e rurais, que são uma herança do período colonial e continuam sendo praticadas até os dias atuais, não obstante todas as informações e alertas que têm sido constantes por parte da comunidade acadêmica e de inúmeros outros representantes do poder público e da sociedade civil. 

Desta forma, todos os anos, com a proximidade do período das chuvas concentradas de verão, torna-se necessária a intensificação de adoção de medidas preventivas pela sociedade nas áreas de risco, com o objetivo de minimizar os possíveis e efetivos impactos destas catástrofes anunciadas.

As chuvas de Verão são motivo de preocupação, quando a população deve se preparar para evitar o saldo negativo das tempestades torrenciais. A estação chuvosa é caracterizada por pancadas de chuvas intensas e rápidas, suficientes para ocasionar inundações, deslizamentos e alagamentos.

Atualmente o Brasil é o 6º país que mais sofre com catástrofes climáticas, segundo a Organização das Nações Unidas. O histórico de desastres naturais é grande. 

No réveillon de 2010, 53 pessoas morreram vítimas de deslizamento de terra em várias regiões de Angra do Reis, no Sul Fluminense. 

Em 2011 morreram mais de 900 pessoas, e mais de 35 mil ficaram desabrigados na Região Serrana do Rio de Janeiro. 

Em 2013, duas pessoas morreram e mais de 800 foram os desabrigados em Xerém, distrito de Duque de Caxias.

Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo com frequência alarmante nos últimos anos, devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco. 

Essa questão traz imediatamente o questionamento sobre quais medidas poderiam ser tomadas para evitar ou prevenir eventos de extensão como as verificadas. 

O Alerta é maior para quem mora em áreas reconhecidamente de risco, como as perto de encostas com potencial para deslocamento de massa e as margens de inundação dos rios. 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, Crea-RJ, alerta para medidas de precaução em função do alto risco de ocorrência destas catástrofes, sobretudo, na região serrana do estado e nas áreas de planícies inundáveis com as da baixa fluminense. 

O Comitê de Sustentabilidade, recentemente criado no Crea-RJ sob a coordenação do engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia/Ciência do Solo, e atual assessor de Meio Ambiente do CREA, Felipe da Costa Brasil, pretende realizar debates e eventos relacionados ao tema. 

Segundo Felipe, algumas medidas podem e devem ser tomadas para evitar as piores consequências destes potenciais desastres, sendo as principais:

• Efetivar os programas de monitoramento tanto para as áreas de riscos de catástrofes naturais e de origem humana;

• Estabelecer de forma efetiva o ordenamento do solo urbano e rural com o intuito de evitar a ocupação das áreas de risco como encostas e margens de rios;

• Manter-se em total alerta, e atenção redobrada aos equipamentos de emergência, como sirenes, rádio e aplicativos de celular durante os períodos de chuvas torrenciais, mantendo-se sempre em contato com a Defesa Civil e demais agentes dos poderes público e privado, sobre as possíveis áreas de risco;

• Manter as redes de drenagem de águas pluviais desobstruídas para evitar o encharcamento do solo e ocorrência de alagamentos;

• Não jogar lixo e esgoto sanitário nas encostas e na rede de água pluvial;

• Evitar as práticas predatórias de aração e dragagem do solo no sentido “morro abaixo” nos meses que antecedem o período de chuvas;

• Evacuar as áreas de risco no primeiro sinal de vulnerabilidade ou em resposta a solicitação dos órgãos competentes;

• Participar dos treinamentos, simulados e conhecer as praticas de emergência associadas ao ponto de encontro, rotas de fugas e abrigos seguros estabelecidos pelo poder público e privado.


Por hoje é só! Espero vocês no Próximo Post. Fiquem a Vontade para Curtir, Compartilhar, Twittar, Fazer Comentários ou Dar Sugestões. Vejo Vocês em Breve. Até........








Referências:
http://diariodepetropolis.com.br/integra/periodo-de-chuvas-traz-preocupacoes-para-o-estado-do-rio-de-janeiro-77668

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