A Identificação da vulnerabilidade inclui o reconhecimento de todas as características e
circunstâncias de uma comunidade, sistema ou bem exposto a uma ameaça ou processo
perigoso e, por esta razão, a identificação dos elementos que a compõem deve ser focada nas suas características físicas, funcionais, e socioambientais.
Por exemplo:
Para o caso de deslizamento, alguns especialistas definem a vulnerabilidade como o grau de perda de um dado elemento, ou grupo de elementos expostos, em uma área suscetível.
Para propriedades, construções e estruturas, a perda será indicada pela relação do valor dos prejuízos relativos com valor da propriedade;
Para pessoas, será a probabilidade que uma vida em particular seja perdida, caso a pessoa seja afetada pelo deslizamento.
Deve-se levar em conta, porém, que a exposição é o principal fator causador de vítimas, embora outras características socioeconômicas sejam também importantes para a determinação da vulnerabilidade.
Assim, a vulnerabilidade é identificada primariamente pela sua localização em relação à
ameaça e suas características.
Serão vistos mais detalhadamente os aspectos da vulnerabilidade para a realização do seu mapeamento e avaliação.
Embora os conceitos de exposição e vulnerabilidade sejam claramente diferentes, eles têm uma grande interação e não podem ser dissociados.
Por exemplo:
* Uma casa só estará vulnerável à inundação se estiver na área atingível pelo evento, ou seja, se estiver exposta à esta ameaça. A identificação da vulnerabilidade neste caso deverá levar em consideração as características da sua construção e da
condição dos seus ocupantes.
* Uma escola situada próxima de uma encosta pouco segura será vulnerável a um deslizamento pois está exposta à esta ameaça. A vulnerabilidade será maior quanto maior for o volume ou a velocidade de um eventual deslizamento.
A Vulnerabilidade Física, Refere-se às condições físicas e intrínsecas ao elemento, corpo ou sistema receptor em análise que, em interação com a magnitude do evento ou acidente, define os efeitos adversos, medidos em termos de intensidade dos danos previstos (CASTRO, 1999).
A vulnerabilidade física ao risco de desastre pode ser identificada através da análise dos aspectos construtivos dos elementos avaliados.
Abaixo, são apresentados alguns indicadores de classificação da vulnerabilidade física.
* Condições da construção;
* Saneamento em rede;
* Acesso à construção; e
* Densidade das construções.
A Vulnerabilidade de Função, Em muitas situações, um evento adverso causa mais prejuízo em função da interrupção de um serviço ou função importante, do que o custo que essa função representa para ser reconstruída.
Como por exemplo:
A queda de uma pequena ponte que não causou vítimas. Embora o valor gasto para construir a ponte tenha sido baixo e ninguém se feriu, o prejuízo de não poder abastecer a localidade do outro lado da ponte será sentido por toda uma população.
Por exemplo:
Vulnerabilidade do sistema de abastecimento de eletricidade por quedas de torres causadas por temporais.
Abaixo, são apresentados alguns indicadores de classificação da vulnerabilidade de função de elementos em risco.
* Serviços públicos e equipamentos urbanos localizados em áreas suscetíveis às
ameaças;
* Área de acúmulo de lixo e entulho;
* Sistemas de drenagem de águas pluviais eficientes;
* Abastecimento de água potável; e
* Acesso viário local ou através de pontes.
A Vulnerabilidade social, é aquela relacionada às questões que provocam danos ou prejuízos econômicos ao ser humano.
Possui enfoque centrado nas características comportamentais, organizacionais e de educação de pessoas ou populações.
A vulnerabilidade social de indivíduos ou populações pode ser identificada através da avaliação das capacidades de autonomia e mobilidade, bem como pela sua capacidade de acesso a recursos financeiros, educação e serviços de saúde.
Abaixo, são apresentados alguns indicadores de classificação da vulnerabilidade social de elementos em risco.
* Nível de cultura, educação e renda;
* Nível de organização da sociedade, redes de alerta, presença de sindicatos, associações, NUDECs; e
* Faixa etária, níveis de saúde, graus de mobilidade, percentual de pessoas com restrições de mobilidade (cadeirantes, idosos, dificuldades visuais, crianças, etc).
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Referências:
riskam.ul.pt/images/pdf/livcapnac_2010_cartografia_municipal_risco_sig.pdf
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1112649/mod_resource/content/5/Cap%C3%ADtulo%204%20-%20Apostila%20-%20Enxergando%20os%20componentes%20do%20risco.pdf
http://www.eea.europa.eu/publications/technical_report_2005_1
http://www.abge.org.br/uploads/imgfck/file/Relatorio_Petropolis-Marco13.pdf
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